Ouviram da favela saraivada de tiros
Disputa entre os próprios traficantes
E ao som da crueldade, cadáveres pútridos,
Brilhou no céu da pátria, a paz distante.
Se a pé-de-guerra e desigualdade
Conseguimos conquistar a sobrevivência
Sem saber o que é liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó pátria armada,
idolatrada!
Salve! Salve!
Brazil, num sonho intenso, morre um indivíduo,
Por amor ao seu vício, à terra desce,
Se o poluído céu da capital paulista é cinza,
A imagem do Cruzeiro é sacrifício.
Gigante pelos teus problemas sociais
É fome, é morte, é doença, é desrespeito.
Reflete em teu futuro essa pobreza.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu Brazil,
Ó pátria armada!
Dos filhos deste solo és mãe solteira,
Pátria amada,
Brazil!
Deitado eternamente na sarjeta,
Ao som do carnaval dança o vagabundo,
Figura do Brazil, porão da América,
Envergonhado pelo resto do mundo!
Do que a terra mais f*
Teus risonhos lindos campos de futebol;
Nossa banca tem mais vida,
Nossas vidas em teus seios mais “mordidas”.
Ó pátria armada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brazil, de amor ao terno seja símbolo
Do lábio que ostentas desdentado,
E diga o hardcore desta flâmula
- Paz no tumulto e guerra no passado!
Mas se entregue da justiça um carro-forte,
Veras que um filho teu é filha da p*
Nem teme, quem é temido pela polícia.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brazil,
Ó pátria armada!
Dos filhos deste solo és mãe solteira,
Pátria amada,
Brazil!
Adaptado da letra de Osório Duque Estrada, sem de maneira nenhuma querer debochar da obra prima que é o nosso hino, pena que é uma utopia. E.S.G.
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